Quando eu tinha uns 9 anos, eu sofria de insônia, por isso, meu pai me levou à tarde numa psicologa, psiquiatra ou sei lá o que.
O consultório dela era no décimo andar. Assim que entrei ela pediu para ficarmos a sós, ela me contou que adorava gatos e tinha muitas minuaturas deles perto da janela.
Ela pediu para mim desenhar e eu fiz às pressas, por que queria ir pra casa. Então ela resolveu conversar mais e depois pediu para meus pais entrarem e ela ficou falando e falando, como eu era uma crinça, logo me entediei e me debruçei na janela aberta, praticamente à beira de um abismo.
Me interessei pela altura e minha mente curiosa tomou conta do meu corpo. Eu queria ver alguma coisa caindo, como meus pais estavam prestando atenção na mulher e a mulher neles, peguei a menor miniatura de gato e joguei janela afora.
Me virei e fiquei inquieta, a mulher olhou as miniaturas e disse:
-o que aconteceu com meu gato, Caroline?
Eu fiz minha melhor cara de santa, e disse que não sabia, ela ficou meio brava e disse:
- Você jogou pela janela?
- Nããããão!
- Claro que foi.
Eu fiquei super vermelha e ela falou que foi por que eu não aguentava ouvir ela falando de mim e isso e aquilo. Então assim que acabou a sessão lá fui eu, meu pai e minha madrasta morrendo de vergonha para casa.
Essa terapia com certeza não funcionou comigo.
FIM
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